Conversa | Estratégias de Comunicação Integrada

O machismo presente no mundo do entretenimento

O machismo presente no mundo do entretenimento

Ainda presente fortemente em diversos aspectos, o machismo atinge mulheres de diferentes classes sociais, idades, raças, orientações sexuais  e identidades e expressões  de gênero. Mesmo mulheres que atingiram um nível de poder e fama sofrem ataques constantemente apenas pelo fato de serem mulheres. 

Mulheres são excessivamente cobradas não apenas em suas carreiras profissionais como, também, em suas vidas pessoais. Seja nas atitudes, falas, performances, relacionamentos, vestimentas, se comparadas aos homens, o peso das críticas e julgamentos é  muito maior. Neste artigo, trago diversos exemplos. Vamos lá?

Cláudia Leitte é chamada de genocida ao fazer show

Retomando a sua agenda de shows após um ano e meio sem subir nos palcos devido à pandemia, Claudinha fez um show para, aproximadamente, quatro mil pessoas em São Paulo, no dia 27/11/2021. No dia, o comprovante de vacinação foi obrigatoriamente solicitado na entrada do evento (e realmente foi, eu estava lá). O resultado? Nas redes sociais e portais de notícias a repercussão foi negativa, com muitas pessoas chamando a cantora de genocida.

Enquanto a artista era fortemente atacada na internet, diversos cantores homens realizavam eventos pelo Brasil, com públicos muito maiores, mas sem que ninguém criticasse. Para se ter uma ideia, um dia após o show de Cláudia Leitte, o cantor Gusttavo Lima realizou um show para 35 mil pessoas. Zé Neto e Cristiano e João Gomes também fizeram shows. É verdade que o evento do João Gomes também foi muito comentado na internet, no entanto, a diferença é que Cláudia Leitte foi chamada de genocida e o outro virou um show de memes.

Na esquerda, show de Gusttavo Lima para mais de 35 mil pessoas.
Na direita, show de Cláudia Leitte para, aproximadamente, 4 mil pessoas

Anitta x Whindersson Nunes ajudam a Bahia durante enchentes

As fortes chuvas que aconteceram na Bahia foram uma tragédia que impactou o Brasil. Com diversas famílias desabrigadas e cidades debaixo d’água, as pessoas se mobilizaram para ajudar, entre elas, a cantora Anitta e o comediante Whindersson Nunes. E por que trago este exemplo?

Nas redes sociais, ambos postaram sobre como poderiam ajudar as famílias. De um lado, enquanto Whindersson era ovacionado pela atitude e recebia diversos agradecimentos, Anitta era chamada de interesseira, que estava se aproveitando da situação para promover sua carreira e que, se quisesse realmente ajudar, ela o faria em silêncio e não postando em suas redes sociais. 

Luísa Sonza é criticada por ser sensual demais. E isso existe?

Alvo de críticas desde o fim do relacionamento com o humorista Whindersson Nunes, a cantora Luísa Sonza vem sendo vítima de comentários mega pesados na internet. Já dizia em um trecho da sua música Intere$$eira: “puta, vagabunda, interesseira, eu fazendo meu trabalho escutando só besteira. Sem talento, sem graça, forçada, como é viver com milhões dizendo que eu não valia nada”.

Em uma das fases da divulgação do seu álbum intitulado ‘Doce 22’, Luísa resolveu adotar um figurino mais sensual, voltado para o couro, como o harness, tops e shorts mais curtos, além de fazer performances mais provocativas, como o uso de pole dance em seus shows.

Foram vários os comentários machistas direcionados para a cantora, vindo tanto de mulheres quanto de homens. “gostosa sim, e apelativa também. simulando sexo numa cama tem a ver com música? quer deixar a plateia excitada? nada contra profissionais do sexo mas ela não era cantora pop?”, “Tu não vê homem fazendo esse tipo de apelação pra vender. Isso aí não é empoderamento e sim um reforço de que o corpo feminino precisa ser extremamente sexualizado para ser valorizado. Triste.”, “Na minha opinião ela tá dando um tiro no próprio pé, a realidade é que as pessoas só dão atenção para o corpo dela, não para a voz, ela mesmo se objetifica, só mostra o próprio corpo, e as pessoas só ligam para isso, pq ela mesma só mostra isso, apenas se sexualizando.”, foram alguns dos comentários disparados nas redes sociais.

Fato é que uma mulher sofre consequências por uma traição que não cometeu, enquanto um homem que traiu dezesseis vezes, segue sendo ovacionado e como favorito em um programa de televisão, como o ator Arthur Aguiar, marido da Maíra Cardi. Outro elemento problemático é que, enquanto tantos outros cantores nacionais e internacionais cantam músicas falando abertamente sobre sexo, Luísa Sonza  é julgada, tendo todos os seus valores questionados pelo tribunal da internet.

Luísa Sonza dança pole dance em show (Foto: Marcelo Sá Barretto/AgNews)
Luísa Sonza dança pole dance em show (Foto: Marcelo Sá Barretto/AgNews)

Justin Timberlake x Britney Spears x Janet Jackson

Após o término com Britney Spears, Justin resolveu aproveitar para se beneficiar e colocá-la como vilã. Na época, a questão da virgindade da cantora, que ainda era um mistério para as pessoas, foi desvendada sem o consentimento de Britney, após Justin participar de uma entrevista em uma rádio e assumir que eles haviam tido relações sexuais. Com isso, foi dado fim à imagem de inocente que a cantora tinha, fazendo com que os conservadores deixassem de consumir as suas músicas. Além disso, diversas foram as especulações de que Britney havia traído o cantor. 

 Justin foi convidado para participar do show de Janet Jackson no Super Bowl, principal liga de futebol americano dos Estados Unidos. Em uma das partes da performance, ele puxa parte do sutiã dela. Por causa de problemas no figurino, o seio da cantora ficou à mostra por alguns segundos. Desde então, rádios e canais de música boicotaram a carreira da cantora, não reproduzindo os seus materiais. Enquanto isso, a carreira de Justin decolava.

Somente após quase 20 anos, o cantor resolveu vir à público e escrever uma carta aberta pedindo desculpa para as cantoras e dizendo que sabe que falhou: “Eu lamento profundamente pelas vezes na minha vida em que minhas ações contribuíram para o problema, quando falei demais ou quando não falei pelo que era certo. Eu entendo que fiquei aquém nesses momentos, e em muitos outros, e me beneficiei de um sistema conivente com misoginia e racismo”, disse o cantor.

Tarde demais, né?

Britney Spears e Justin Timberlake
Britney Spears e Justin Timberlake

O etarismo no mundo do entretenimento

Se tem algo que me incomoda é a diferença no tratamento para mulheres quando atingem certa idade. Já ouvi muito por aí que a Madonna, por exemplo, já deveria ter finalizado a carreira por estar velha demais. Ou que a cantora Nicole Scherzinger deveria ter “bom senso” e não fazer as mesmas danças da época das Pussycat Dolls, afinal ela já passa dos quarenta anos. 

Mas, me impressiona a comparação que as pessoas fazem entre as mulheres e, às vezes, nem é pela idade, mas pela aparência. Um exemplo disso é que a cantora Jennifer Lopez, que está com “tudo em cima”, e o que se fala dela é  “nossa, mas ela não envelhece, né?”, “é inacreditável que ela tenha mais de 50 anos e continue com um corpo tão bonito e dançando dessa forma”. 

Corpos femininos são estereotipados e rotulados durante toda a vida. É completamente natural o envelhecimento, mas a sociedade julga e condena mulheres que não possuem mais um determinado padrão de beleza como se fossem incapazes de continuarem fazendo o que sempre fizeram.

O interessante é que eu não percebo as pessoas falando que Paul McCartney, Bono Vox, Elton John, Steven Tyler, entre outros, precisam terminar com a carreira por terem envelhecido. 

Inclusive, ao passar dos 50 anos, a sociedade parece considerar que mulheres não podem mais mostrar a sua sensualidade. Quer um exemplo? Em 2021, Madonna postou em suas redes sociais diversas fotos apenas de calcinha, salto alto e meia-calça. Logo, o rapper 50 Cent se encarregou de fazer um comentário sexista e machista: “Aí está Madonna numa cama tentando fazer Like a Virgin aos 63″. 

Fato é que Madonna sempre foi uma mulher sensual e não seria agora que ela deixaria de ser, certo?

Madonna em foto publicada no seu Instagram
Madonna em foto publicada no seu Instagram

A cobrança em cima de mulheres cantoras é maior

E se tem um motivo para que isso aconteça é que as mulheres precisam se dedicar o dobro para conseguirem se destacar no mundo musical. Enquanto a maioria dos homens fazem shows e performances apenas de regata e violão, as mulheres precisam entregar um show enorme com coreografias, figurinos impecáveis, efeitos e estruturas incríveis.

Podemos ver performances de cantores “novos” como Justin Bieber, Shawn Mendes, Charlie Puth, numa uma linha estável desde o início das suas  carreiras, enquanto cantoras como Dua Lipa, Miley Cyrus, Taylor Swift, precisam fazer performances gigantes devido à essa cobrança, tanto por parte da mídia, quanto da audiência. E se sai algo básico, os comentários decepcionados são perceptíveis. 

Fato é que as mulheres precisam sempre se superar no que se propõem a fazer. Se em uma performance ela foi incrível, na próxima ela precisa ser espetacular e, assim, sucessivamente. 

Dua Lipa na Future Nostalgia Tour. Machismo presente no mundo do entretenimento
Dua Lipa na Future Nostalgia Tour

Diferença no tratamento entre homens e mulheres 

Além dos exemplos que já trouxe – e que são o suficiente para destrinchar em pelo menos uns 5 artigos – outro aspecto do machismo no mundo do entretenimento é o tratamento em entrevistas. Após assistir ao documentário “A História” da dupla Sandy e Junior”, eu fiquei pensando no que os entrevistadores na época tinham na cabeça de perguntar para uma criança de 6 anos se ela já tinha namoradinhos. 

Na verdade, essa é praticamente uma pergunta presente em todas as entrevistas com cantoras: “e sua vida amorosa, como está?”, “você está com um corpo incrível, qual é o seu segredo?”, como se essas mulheres não tivessem mais a oferecer do que os seus relacionamentos e corpos. Certa é Rihanna ao responder em uma entrevista “eu não estou procurando por um homem, vamos começar por aí”, ao ser questionada o que ela estaria procurando em um homem naquela época da sua vida.

Se a sociedade possui um tratamento tão sexista e machista para mulheres que são consideradas exemplos, estão no poder e são influências para diversas pessoas, imagina como é o tratamento diário para a sua vizinha, colega de trabalho e até mesmo para alguém da sua família.

Os tempos são outros, já passou – há muito tempo – da hora de pararmos com essa diferença no tratamento entre homens e mulheres. Não podemos contribuir com a misoginia e o machismo que estão tão enraizados na nossa sociedade.

Leia também: Como educar meninos neste mundo machista

José Henrique é coordenador de Comunicação e eventos do Conversa Estratégias de Comunicação Integrada

Movimento da Fertilidade (SBRA)

Levamos informação sobre reprodução assistida a todo o país – com o apoio de
Ivete Sangalo!

Em 2018, a Associação Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) tinha um desafio: mobilizar a sociedade e envolver os profissionais a ela filiados para discutir, informar e estimular a população a preservar e cuidar da saúde reprodutiva. Com esse propósito, construímos, conjuntamente, o Movimento da Fertilidade, um evento realizado em 10 capitais brasileiras entre junho e agosto de 2018. 

Fomos responsáveis por toda a comunicação do projeto, da criação da marca à programação visual, assessoria de imprensa, gestão de redes sociais e produção de conteúdo multimídia com registros em foto e vídeo.

As ações de comunicação do Movimento da Fertilidade conquistaram resultados além das expectativas:

  • Tivemos o apoio da cantora Ivete Sangalo (com mais de 100 mil pessoas alcançadas no Facebook);
  • Mais de 2 mil pessoas compareceram aos eventos presenciais em 10 capitais;
  • O Movimento da Fertilidade foi noticiado mais de 100 vezes nos principais veículos de comunicação do país como G1, O Globo, Bom Dia Brasil, O Dia, Extra, Jovem Pan e Folha de S. Paulo,  num total de mais de R$ 4 milhões em espaços ocupados na imprensa;
  • A estratégia de awareness rendeu 15% de crescimento na base de fãs do Facebook e 134% no Instagram em 2 meses, com mais de 200 mil pessoas atingidas pelas campanhas digitais.

Sinpol/DF

Comunicação 360: como aumentamos a visibilidade de uma das entidades policiais mais importantes do país?

Em 2017, assumimos o desafio de liderar a comunicação de uma das mais importantes entidades de classe policial do país, o Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF). 

Desde então, somos responsáveis pela comunicação interna, assessoria de imprensa, gestão de redes sociais, gerenciamento de crise, produção de publicações (revista, jornal e newsletter) e projetos especiais.

Com uma equipe de seis profissionais dedicada ao projeto, o Conversa conseguiu intensificar e afinar a comunicação da entidade com seus públicos-alvo e ampliar a visibilidade positiva das suas bandeiras e ações nas mídias local e nacional.

RESULTADOS 

  • 38 impressos produzidos, entre revistas e jornais.
  • 5.206 peças gráficas criadas.
  • 503 eventos com cobertura fotográfica.
  • 640 e-mails enviados, entre newsletters e outras ações.
  • 12.152 publicações no site.
  • 10.714 posts em redes sociais.
  • R$ 113 milhões em inserções na imprensa.

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Gabriel Granjeiro

O presidente do GRAN, Gabriel Granjeiro, nos desafiou a tornar as suas redes sociais um canal de conexão entre o Gran, seu público e os formadores de opinião. Para que isso se tornasse possível, há quase 6 anos cuidamos da estratégia e gestão dos canais digitais selecionados para construir a credibilidade da marca Gabriel Granjeiro: YouTube, Instagram, Facebook, LinkedIn e Telegram.

Nosso trabalho tem conquistado vitórias expressivas:

– Em 2 anos, alcançamos quase 14 mil seguidores no LinkedIn e contribuímos para o fortalecimento do Gran como marca empregadora;

– Cerca de 18 mil pessoas estão inscritas para receber conteúdos em primeira mão em seu canal no Telegram;

– Mais de 336 mil pessoas seguem Gabriel Granjeiro no Instagram, e mais de 315 mil são seus fãs no Facebook;

– Em quase 5 anos, o canal Imparável, no YouTube, já tem mais de 152 mil inscritos, e seus vídeos já foram assistidos quase 7,5 milhões de vezes;

– Aos 29 anos, Gabriel Granjeiro figurou em uma das listas mais cobiçadas do planeta: a Forbes Under 30, abrindo com foto de página inteira a categoria “Ciência e Educação”;

– Dois dos livros lançados por Gabriel Granjeiro chegaram ao 1º lugar entre os mais vendidos da Amazon na categoria “Educação” (versão Kindle);

– O Gran Cursos Online está entre as startups mais inovadoras da América Latina em 2 importantes prêmios: HolonIQ e Fast Company. Neste último, ficou à frente de empresas como o iFood.