Os meios digitais ampliaram as possibilidades para quem precisa divulgar uma marca, serviço, produto ou ação. Das inúmeras novas opções, uma se destaca: o influenciador digital. O nome já diz tudo. São pessoas que conquistaram uma determinada influência a partir das plataformas digitais, como blogues, YouTube, Facebook, Instagram, Snapchat… ou — acredite — todas ao mesmo tempo.
Grandes marcas começaram a se associar a esses nomes e empresas e empresários começaram a se questionar: devo investir em um influenciador digital?
Para você conseguir responder essa pergunta, precisamos considerar algumas coisas.
Intimidade gera confiança
Esse é o segredo dos influenciadores. Essas pessoas conseguiram criar em torno delas um grupo de pessoas que se identificam com o que falam, usam e fazem. A identificação gera uma confiança muito grande. Para se ter uma ideia, dados recentes do YouTube Insights, mostram que 82% das mulheres confiam mais na opinião do influenciador digital do que em redes sociais ou televisão.
Ache o beta!
Existem grandes nomes digitais patrocinados por marcas globais e existem outros influenciadores menores, mas que também contam com um grupo considerável de influência. São os influenciadores beta. Mas qual a diferença para quem quer investir em influenciadores? Bom, um grande influenciador geralmente já tem empresário, agente comercial e grandes contratos assinados. Esse terá um custo mais elevado para a ação que você pretende realizar. Se você não for um Bradesco, sugiro fazer uma levantamento de outros nomes menos famosos, mas ainda assim relevantes para o seu público.
Seu público!
Esse é outro ponto importante! Não é todo influenciador que pode fazer algo por você. É preciso identificar os públicos com quem ele conversa e entender qual é o público que você quer atingir. Exemplo, se o seu negócio é sobre comida saudável, um influenciador que fale sobre bem-estar e exercícios físicos certamente terá um público que te interessa. Mas se o seu negócio for o oposto, como fast-food, e você quer atingir um público de faixa etária ampla e com um comportamento menos rígido, um YouTuber com características bem-humoradas pode ser a saída.
Quanto cobra um influenciador?
Não existe um valor tabelado. Os que já têm valores fixos, geralmente são os que cobram mais. Em todo caso, um levantamento da Bloglovin, uma agência de Nova York, pesquisou 2,5 mil influenciadores americanos e os valores por canal são:
- Instagram: 84% dos influenciadores cobram menos de US$ 250 por post e 97% cobram menos de US$ 500 para publicar um post de determinada marca;
- Facebook, 90% cobram menos de US$ 250 por post e 97% menos de US$ 100;
- Twitter a grande maioria cobrar menos de US$ 150 por tweet, sendo que segundo a pesquisa 96% cobrar menos de US$ 100;
- Blogs e Vlogs: 87% dos influenciadores cobram menos de US$ 500 por post e 96% menos de $1.000.
O Instagram é o mais popular quando se trata de ser eficaz e em atrair audiências. 60% dos entrevistados preferem Instagram, 18% preferem Facebook e apenas 1% preferem Snapchat.
Mas atenção, esses valores podem servir de base para iniciar as negociações e/ou checar a viabilidade da ação, mas a negociação com cada influenciador pode variar bastante dependo do que você precisa dele e/ou do que ele pode te ofertar.
Fique de olho!
Atenção! Número não é engajamento. Um influenciador pode ser seguido por 200 mil pessoas numa rede social e isso não significar nada, uma vez que existem inúmeras ferramentas para — pasme! — comprar seguidores.
O que você precisa identificar é um alto índice de engajamento. As pessoas comentam as suas postagens? Marcam outras pessoas para que essas também vejam? Compartilham em suas próprias redes o conteúdo produzido por ele? Demonstram intimidade? Se sim, estamos diante de um verdadeiro influenciador.
Ah, um último toque!
Lembre-se que influenciador pode influenciar tanto pro bem, quanto pro mal. Influenciadores podem te auxiliar muito, mas é bom pesquisar para entender a quem você está associando a sua marca. Influenciadores também têm haters!
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Bruno Aguiar é gestor de Comunicação, pesquisador de Marketing Digital e sócio do Conversa Coletivo de Comunicação Criativa