Conversa | Estratégias de Comunicação Integrada

Usar dados para as suas estratégias nas redes sociais é um caminho sem volta. E a gente te explica o porquê.

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Trabalhar com inteligência de dados permite que a rede americana Target consiga entender que, se uma mulher de 23 anos entrou em uma de suas unidades e levou para casa uma loção de manteiga de coco, uma bolsa grande o suficiente para guardar fraldas, suplementos como zinco e magnésio e um tapete azul, há 87% de chance de ela estar esperando um bebê há 3 meses.

Tanto que há uma história que virou case da marca: um senhor descobriu que a filha estava grávida porque ela passou a receber mala direta da loja com ofertas de produtos relacionados à maternidade. 

Deixei o link pra você ficar por dentro dessa história no final deste artigo.

Situações como essa são cada vez mais comuns. Por isso, de vez em quando somos surpreendidos por aqueles anúncios que parecem ter saído da mente de alguém que ouviu nossa conversa (Oi, Zuckerberg!). 

Praticamente tudo o que usamos e fazemos atualmente tem alguma ligação com a Internet – e, portanto, gera dados. E eles são, hoje, a principal matéria-prima das empresas que desejam crescer nesse meio.

Segundo a consultoria IDC, enquanto em todo o ano de 2018 foram gerados 33 zetabytes de dados, em 2025, serão 175 ZB de dados criados, capturados e replicados. Para você ter noção do volume de informação, um zetabyte é igual a 1.073.741.800 terabytes. Um terabytes equivale a mil gigabytes.

POR QUE USAR DADOS?

Lidar com tudo isso já é um desafio, e em 2025 ele será ainda maior. Mas nós não precisamos esperar chegar até lá para utilizar bases de dados nas nossas estratégias. Pelo contrário, hoje, especificamente no âmbito da gestão de marca nas redes sociais, há uma série de ferramentas que nos ajudam a coletar, analisar e traduzir as informações que as plataformas nos fornecem. 

Utilizar essas informações para gerar conhecimento – ou seja, balizar as estratégias da sua marca – é o que tomamos por inteligência de dados. 

Veja a seguir como a inteligência de dados a favor da sua marca nas redes sociais.

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OLHAR DENTRO E FORA

O monitoramento de redes sociais é o principal meio para que as empresas e agências de Comunicação possam utilizar a inteligência de dados a seu favor. Ele ocorre em dois níveis: o Social Analytics e o Social Listening.

Embora pareçam semelhantes, e de certa forma até se completem, são coisas distintas. A principal diferença é que o primeiro olha para dentro e o segundo, para fora.

Assim, no Social Analytics faz-se uma análise dos perfis da marca com base nas métricas de cada plataforma. Esses dados vão possibilitar desde a construção da persona até indicar, por exemplo, qual o melhor horário para publicar postagens, qual o conteúdo que mais gera envolvimento, o que postar em cada plataforma e entender, dentro do seu planejamento, o que está dando certo ou não.

Isso pode ser feito com uma análise direta em cada rede social ou com o auxílio de uma ferramenta que agrupa os dados de todas as redes em um só ambiente. Essas ferramentas normalmente cobram por número de perfis cadastrados.

Já o Social Listening apresenta tudo o que é mencionado sobre a marca e seus concorrentes nas redes sociais (fora dos perfis oficiais) e outras plataformas, como blogs e comentários em portais de notícias. 

Por causa do grande volume de informações, a coleta e análise dos dados é realizada com o auxílio de ferramentas geralmente pagas – que geralmente cobram pelo volume de menções (há opções gratuitas, desenvolvidas no ambiente acadêmico). 

Nesse caso, a análise pode ajudar a:

  • Identificar e analisar as reações, sentimentos e desejos dos usuários.
  • Melhorar o relacionamento com o consumidor.
  • Receber alertas e gestão de crise.
  • Fazer uma análise de percepção da marca.
  • Identificar influenciadores e detratores.
  • Identificar comunidades.
  • Gerar insights para conteúdo.
  • Gerar ações proativas e reativas.

O QUE ANALISAR?

A análise pode ser baseada em geolocalização, hashtags e palavras-chave de um evento sazonal ou de intervalos de tempo que variam conforme o desejo da marca.

Neste caso, houve a análise da repercussão, no Twitter, do lançamento de uma música da cantora Ivete Sangalo com o cantor Livinho. Cada cor representa um perfil de público e o que ele falou sobre o lançamento. Dá pra saber, inclusive, quais foram os perfis que mais geraram engajamento nesse assunto Fonte: Insightee.
Neste caso, houve a análise da repercussão, no Twitter, do lançamento de uma música da cantora Ivete Sangalo com o cantor Livinho. Cada cor representa um perfil de público e o que ele falou sobre o lançamento. Dá pra saber, inclusive, quais foram os perfis que mais geraram engajamento nesse assunto Fonte: Insightee.

Em outro exemplo recente, a análise da repercussão da 20ª edição do Big Brother Brasil foi capaz de apontar quem venceria a edição antes mesmo do resultado da votação ser divulgado.

O pessoal do Stilingue, uma das plataformas de monitoramento de redes sociais, previu o resultado do BBB 20 fazendo uma análise das menções ao programa.
O pessoal do Stilingue, uma das plataformas de monitoramento de redes sociais, previu o resultado do BBB 20 fazendo uma análise das menções ao programa.

Outro exemplo de como o Social Listening pode gerar oportunidades pode ser observado no caso abaixo.

Uma menção ao Nubank no Twitter gerou uma excelente oportunidade de exposição positiva para a marca e, de quebra, um cliente famoso.
Uma menção ao Nubank no Twitter gerou uma excelente oportunidade de exposição positiva para a marca e, de quebra, um cliente famoso.

Trabalhar com gestão de marca nas redes sociais exige que você obtenha o máximo possível de informações – e elas estão disponíveis em todo canto da Internet. Por isso, trabalhar com dados é um caminho sem volta.

Isso é fundamental para entender melhor o seu público, mantê-lo engajado, atrair novos seguidores e implantar estratégias cada vez mais alinhadas aos objetivos de comunicação da marca.

Leia também: A mídia social do seu negócio não existe sem você

Clique aqui e saiba mais sobre o case da Target.

Diógenes Santos é Coordenador de Comunicação no SINPOL/DF.