Conversa | Estratégias de Comunicação Integrada

Fim das fake news? WhatsApp ganha robô que desmente notícias falsas

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O WhatsApp ganhou a fama que nenhuma rede social gostaria de ter: ele é, atualmente, a maior plataforma disseminadora de notícias falsas do mundo. Mas isso parece começar a mudar. O aplicativo ganhou nesta terça-feira, 4 de agosto, um chatbot para checar se aquela “notícia” que chegou no grupo da família ou do trabalho é falsa ou enganosa. O robô funciona como um leitor de conversas e foi desenvolvido pela Rede Internacional de Checagem de Fatos (IFCN). Até então, estava disponível em inglês, espanhol e hindi em mais de 70 países. Agora, em parceria com o Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro (ITS Rio), ganha a sua versão em português.

Nesta primeira fase, a ferramenta atende apenas casos de boatos relacionados à pandemia do novo coronavírus. Mas em breve o robô checará outros assuntos. Como a fase inicial durará até a pandemia acabar, ela deve cruzar com as eleições municipais de 2020. Assim, tudo o que for de eleição, política e que cruze com Covid-19 aparecerá no robô, funcionando como um caçador de candidatos que espalharem fake news sobre o coronavírus.

O serviço é gratuito e muito fácil de usar. Basta adicionar à sua lista de contatos o número +1 (727) 291 2606 ou clicar aqui. Depois envie um “oi” que o chatbot vai iniciar a conversa. No menu principal, ele sugerirá: 

  • A busca por uma checagem específica;
  • A apresentação das checagens mais recentes;
  • Dicas de como combater a desinformação.

O chatbot vai explicar como realizar a busca, que pode ser feita a partir de uma simples palavra-chave ou de perguntas. O robô chega com exatas 2.260 checagens em português. O material foi produzido por 24 organizações que fazem parte da rede internacional de verificadores de fatos, sendo quatro delas brasileiras e duas portuguesas. Conteúdos feitos por entidades de países de língua espanhola, mas relevantes para seus vizinhos que falam português, também foram traduzidos para aumentar o banco de informações.

Leia também: O que faz as pessoas evitarem notícias?

Bruno Aguiar é pesquisador em Comunicação Digital e sócio do Conversa | Estratégias de Comunicação Integrada