Você já ficou doente durante o home office e se sentiu culpado(a) por precisar se afastar do trabalho? Calma! Você não está sozinho(a) e isso tem nome: sickness presenteeism (presenteísmo por doença em português).
Uma pesquisada realizada pela MDLIVE, com 2000 profissionais americanos em home office, mostrou que quase 45% se sentiram culpados por ficar um dia sem trabalhar mesmo estando doentes.
Quais podem ser os motivos?
- Receio de que os chefes desconfiem da veracidade da doença;
- Receio de se ausentar de suas funções e a empresa perceber que não são tão essenciais para o negócio, levando à demissão;
- Se sentem culpados, pois já estão trabalhando de suas casas.
Isso está correto? A resposta é única: NÃO! Mascarar a doença e continuar no ritmo normal de trabalho podem até fazer com que a produtividade renda no momento, mas futuramente pode gerar um atraso ainda maior.
Com o home office, o ritmo de trabalho aumentou:
- 252% o tempo de reuniões;
- 32% os chats enviados;
- 253% o número de reuniões mensais;
- 45 minutos o período de trabalho, em média;
- 28% o trabalho pós-expediente;
- 14% o trabalho aos finais de semana.
Pesquisa: Microsoft Work Trend Index
O que fazer?
E com a sobrecarga de trabalho, também aumentaram os casos de ansiedade, depressão e Síndrome de Burnout. No primeiro ano da pandemia, estima-se que a ansiedade e a depressão aumentaram em 25%.
Para 45% de nova lideranças, que fazem parte da geração Z (nascidos entre 1995 e 2010), o trabalho remoto e/ou híbrido desencadeou aumento da Síndrome de Burnout e o deterioramento da saúde mental.
- Converse com as lideranças e apresente a licença médica;
- Tire um tempo até se recuperar;
- Estabeleça uma rotina de trabalho que não te sobrecarregue;
- Estabeleça atividades para a sua saúde e bem-estar;
- Não tenha medo de se afastar do trabalho por riscos à sua saúde.
Lembre-se: 71% dos trabalhadores brasileiros estão mais propensos a colocar a saúde e bem-estar acima do trabalho. Cuide-se!
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