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O racismo estrutural nos algoritmos do Instagram e Twitter

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Preste atenção ao que a influenciadora Sá Ollebar está dizendo e MOSTRANDO no Instagram: quando ela posta fotos de mulheres brancas fazendo as mesmas coisas que ela faz (autocuidado, ioga, cuidar de plantas e alimentação vegana), o conteúdo é visto e entregue a mais pessoas do que quando ela, uma mulher negra, aparece nas imagens.

Este é um dos principais posts sobre o assunto feitos por ela, no qual explica exatamente o que está acontecendo. 

https://www.instagram.com/p/CGMC9PuDfR8/

Mas há muito mais posts que comprovam sua teoria, inclusive um em que ela usou um filtro para deixar sua pele branca.

É realmente forte o resultado do experimento e eu prefiro que você leia os posts e assista aos vídeos que ela tem publicado. Vai ser muito melhor do que qualquer explicação que eu tente dar aqui. 

Veja também os dados expostos neste post sobre o assunto:

https://www.instagram.com/p/CGOF0__HuQP/

O racismo está, sim, EM TODO LUGAR.

Não faz nem um mês que o Twitter foi acusado de fazer a mesma coisa em sua rede neural para gerar prévias das fotos postadas pelos usuários. Um experimento mostrou que, quando há pessoas brancas e negras numa mesma imagem, a prévia mostra a pessoa branca.

Clica no post e depois vai clicando nas imagens. Há um homem negro em todas elas, em diversas posições, mas o que acontece? Só o homem branco aparece.

https://twitter.com/sina_rawayama/status/1307506452786016257

Quando a gente fala em inclusão, quando a gente fala em representatividade, é disso que estamos falando. A legitimação do racismo acontece todos os dias, de todas as formas, em todos os lugares. É preciso estar atento e forte!

Leia também: Como ler o seu engajamento no Instagram?

Rodrigo Rocha é jornalista e sócio do Conversa Estratégias de Comunicação Integrada